terça-feira, 28 de julho de 2009

1-VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE




1.1 UM POUCO DE ABUSO INTRA-FAMILIAR
A violência contra crianças e adolescentes até mesmo na tenra idade muitas vezes se inicia em casa e é praticada pelos próprios pais, padrastos, madrastas e outros familiares que acabam transformando a família em um dos principais grupos de risco para a criança e adolescentes. Os artigos que o Estatuto da Criança e Adolescente referem sobre essa violência lançam sobre os profissionais da área da saúde,educação e do bem estar social a divulgação dos casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra a Criança e o adolescente ao Conselho Tutelar e demais órgãos da Justiça.
Os silêncios desses profissionais caracterizam crime de omissão de socorro. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de atenção á saúde de ensino fundamental, pré-escola ou creche de comunicação á autoridade competente (Conselho Tutelar), os de que tenham conhecimento envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos conta crianças e adolescentes é crime previsto no ECA no art 245.
O ECA obriga profissionais que trabalham com crianças e adolescentes a comunicar casos suspeitas ou de confirmação de maus -tratos ao Conselho Tutelar(arts.13,56, e 245). Essa realidade muitas vezes distante de nós , pois alguns profissionais técnicos querem certas vezes se eximir de eventuais responsabilidades.
As instituições são espaços em que, geralmente, os sintomas de violência contra a criança e adolescente são mais visivelmente identificados.
Denunciar abusos e maus-tratos a criança e adolescente é um dever, acima de tudo um compromisso social.

2-CONCEITOS DE ALGUMAS NEGLIGÊNCIAS


2.1 Negligência:

Quando o responsável deixa de atender as necessidades básicas para o desenvolvimento sadio da criança. Pode-se considerar desde o descuido com a alimentação, higiene, falta de apoio emocional. Exemplo mais clássico de negligência é quando os pais não se importam com os estudos dos filhos, não lhes trazem a preocupação a evasão escolar.

3- Abandono: Pode ser classificado em total e parcial.

3.1: PARCIAL: Ausência temporária dos pais ou responsáveis que expõe a criança e o adolescente à situação de risco. Exemplo: pais que viajam e deixam seus filhos com vizinhos, ou deixam em casa sozinhos

3.2: TOTAL:Quando a criança e o adolescente é colocado em situações de risco, ficando sem moradia e nem atenção, abandonados pela família. Exemplo: pais que entregam seus filhos para terceiros, os deixam em sacos de lixos atirados pelas lixeiras das cidades ou até mesmo entregam os filhos a estranhos.

4. Violência Psicológica: Ocorre por meio de palavras e ações que amedrontam ou envergonham, humilhação, ameaças, cobranças, causando danos no desenvolvimento físico e emocional da criança e do adolescente. Esse tipo de abuso está presente em todas as formas de abuso. É a incapacidade dos pais ou responsáveis de transmitirem afeto e segurança as crianças e adolescentes. Ex: pais que não deixam os filhos falar para colocar suas opinião, sua posição diante dos fatos.

5. Violência física: É o emprego da força física com exageros no intuito de disciplinar os filhos. É considerado violência qualquer ato que atinja o corpo podendo causar lesão ou ferimento.

6. Violência sexual: É a prática sexual sem o consentimento de vítima, que muitas vezes ainda nem dispõe de idade para entender o que lhe está acontecendo. É crime considerado grave. O abuso sexual é uma das formas de abuso mais cruéis por que além de afetar fisicamente a criança, destrói a dignidade que ela possui.

Muitas vezes, a criança e o adolescente sentem-se constrangidos em falar do abuso, pois sabem que a sociedade de um modo geral não está pronta para essa confissão direta, honesta e verdadeira. .Porque ao revelar seu corpo violado, a criança fala do rompimento dos valores sociais, da decomposição da família. Por isso profissional deve transmitir segurança, confiança para a criança revelar o segredo: o próprio corpo violado. Procura investigar a origem das lesões apresentadas para verificar se foi fruto de acidentes ou de violência doméstica. As lesões de acidentes são únicas e estão localizadas nas partes inferiores do corpo. Já as lesões decorrentes de abusos físicos por parte de um adulto localizam-se, na parte superior do corpo. Ex: costas e nádegas.

7- SINAIS QUE AJUDAM A IDENTIFICAR MAUS- TRATOS


INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Maus-tratos – indicadores físicos

1. machucaduras, hematomas
2. cicatrizes
3. marcas deixadas por castigos com cintas, cordas, mangas... em diferentes partes do corpo.
4. queimaduras por cigarros, nos pés, mãos, braços e costas.
5. fraturas inexplicadas
6. inexplicáveis dores abdominais, vômitos constantes...


Maus-tratos – Indicadores de conduta

1. demostra temor em contato com adultos
2. ficar apreensivo quando uma criança chora
3. apresenta comportamento agressivo ou retraído
4. demostra temor de seus pais
5. faltas frequentes sem justificativas
6. sente medo e chora quando tem que ir para casa
7. nervoso, relata queixas de dores de cabeça, etc... cansaço, falta de higiene e desnutrição, falta de atenção médica.

Negligência – indicadores físicos

1. esfomeado, desnutrição
2. sujo
3. sem atenção para os problemas de saúde
4. falta de cuidados, higiene precária

Negligência – indicadores de conduta

1. sente-se abandonados
2. a criança se torna pedinte, rouba comida, passa ingerir álcool e drogas
3. passa períodos prolongados na escola ou na rua
4. cansado, desatento, sonolento
5. problemas de aprendizagem
6. dificuldades de relacionamento
7. constantes assaduras e problemas de pele

Abuso sexual – Indicadores físicos

1. dificuldade para caminhar, sentar-se e dormir
2. roupa suja, rasgada
3. doença venérea
4. equimoses nos genitais externos, vagina ou anal
5. dores nas área genitais e anais
6. doenças sexualmente transmissíveis
7. dificuldades de controlar a bexiga e o intestino
8. infecção urinária


Abuso sexual – indicadores de conduta

1. se mantém isolada
2. comportamentos sexuais inadequados
3. faz relatos de ataques sexuais
4. demonstra temor perto de pessoas desconhecidas
5. machuca-se a si mesma
6. fuga de casa e medo de retornar
7. choros sem causa aparente
8. rebeldia excessiva

Violência psicológica – Indicadores físicos

1. desordem na linguagem
2. dificuldades escolares
3. atraso no desenvolvimento físico
4. fadiga
5. retraído
6. isolamento
7. abuso de álcool e drogas

Violência Psicológica – Indicadores de conduta

1. exibe mudanças de comportamento
2. comportamento regressivo
3. tem problemas de aprendizagem que não se pode diagnosticar
4. é inibido
5. apresenta reações de histeria, obsessão, compulsão, fobia, transtornos do sono, atitudes anti-sociais de desnutrição
6. agressivo, exigente
7. baixa auto-estima


8-CONSEQUENCIA DO ABUSO SEXUAL

Crianças e adolescente vítimas de abuso sexual têm uma visão distorcida do mundo, ao contrário daquelas que crescem em um ambiente familiar amoroso e protetor. Sentem-se traídos e têm dificuldades em confiar nas pessoas ao seu redor. O abuso sexual deixa marcas para toda a vida. Além das sequelas físicas, existe a depressão, o medo, a culpa, a incapacidade de confiar.


9-COMO PREVINIR A VIOLÊNCIA INTRA-FAMILIAR

Os profissionais devem tomar consciência da importância de seu papel nas escolas, EMEIS... enquanto agentes de denuncia e de promotor da educação como principal meio de prevenir a violência intra-familiar.



BIBLIOGRAFIA


. Azevedo M. A . ; Guerra V, Infância e Violência Doméstica : fronteira do conhecimento ,1997


. Azevedo M. A . , uerra V. , Infância e Violência Doméstica - V Telecurso / LACRI /USP, 1998


. Azevedo M. A . , Guerra V . , Infância e Violência Fatal em Família , 1998


. Farinatti F ; Biazus D ; Borges Leite M ; Pediatria Social - A criança Maltratada , 1993


. Furniss T , Abuso sexual da Criança - 1991


. Gabel M. , Crianças vítimas de Abuso Sexual , 1997


. Holly W. Davis , MD ; Carrasco M , MD - Atlas Colorido de Diagnóstico Clínico em Pediatria - Abuso

e Negligência Infantil -1990


. M Reece Robert, Clínicas Pediátricas da América do Norte - Abuso da Criança , Vol 4 , 1990


. Ludwig Stephen , Abuso Infantil - Compendio de Pediatria de Urgência ,1997


. Pomeranz Albert J., Clínicas Pediátricas da América do Norte - Avaliação Física , Vol 1 , 1998

sexta-feira, 24 de julho de 2009

1- PROJETO LER e ESCREVER




DEDICATÓRIA


DEDICO ESTE PROJETO A UMA AMIGA MUITO QUERIDA, QUE RESPIRA O MAGISTÉRIO E QUE USA MUITO A DIZER:- "DOU A CARA A TAPA, SOU MUITO HUMANA ".



VELEU BARANGA POR TODO O SEU ESFORÇO......RSRSRSRSRSRS....




O grande obstáculo ao conhecimento não é a ignorância, mas a ilusão do conhecimento.
(Autor desconhecido)

2- JUSTIFICATIVA


E.J.A
A educação de Jovens e Adultos tem por finalidade proporcionar o auto desenvolvimento do educando como ser humano, seu preparo para o exercício da cidadania e fornecendo-lhes meios para progredir.
Dentro destas percepções educativas , a escola deve preocupa-se também com os Jovens e Adultos repentes com defasagens de aprendizados que não tiveram avanços no processo de alfabetização e desenvolvimento lingüístico do educando relacionando o meio ao qual está enserido. Partindo destes princípios a escola oferecerá o projeto LER e ESCREVER que visa atendente educandos entre as faixas etária de 17 a 38 anos que não obtiveram êxitos nestes propósitos, de maneiras que os mesmos possam avançarem para as séries subseqüentes oferecidas na modalidades de jovens e adultos.
É importante ressaltar que o projeto LER e ESCREVER não tem não tem como principal finalidade de expor estes alunos aos conteúdos predominantes das séries as quais já tiveram contato, não se trata de uma recuperação de conteúdos tradicionais e sim de mobilizá-los a conquistar conhecimentos, ampliando assim, suas possibilidades de aprendizagem.
LER e ESCREVER contribuirá para jovem e adultos desenvolvam seus potenciais a partir dos quatro pilares da educação, definidos pela Unesco. jovem e adultos desenvolvam competências cognitivas básicas (ler, escrever e calcular), recupera e amplia seus conhecimentos (aprende a conhecer) e as possibilidades para a resolução de problemas na escola e na vida (aprende a fazer), melhora o relacionamento na escola na família e na sociedade (aprende a conviver) e realiza a sua riqueza pessoal (aprende a ser)